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De regresso a Arzila

De regresso a Arzila para passar o dia na rua. O sol estava convidativo, saímos do JI e fomos até aos campos ao lado, onde não passa ninguém. As ervas estavam molhadas e o terreno barrento escorregava.
Encontrámos um grande ramo e as crianças foram desafiadas a carregá-lo para o JI, sem ajuda dos adultos. Um ramo que, quem sabe, pode vir a transformar-se numa obra de arte.
- Conseguimos, estamos a chegar! - gritava o M.




 

Regresso a Ribeira de Frades

Tínhamos combinado em outubro arranjar o canteiro para fazer sementeiras, no dia 20 iniciámos. Mostraram-me um balde de caricas com que começaram a fazer explorações, sugeri desenhos, primeiro individualmente, depois em grupo. E surgiram flores, cobras, pessoas e por fim, uma piscina onde nadaram e tudo.



 

Preparar o terreno da horta para favas e ervilhas em Almas de Freire

Na sala experimentámos colocar as sementes a germinar.
Na horta preparámos o terreno para  fazer o mesmo.



Flutuação

No  dia 13 de novembro  tinha pensado propor uma atividade de aguarela (continuidade da descoberta "desenhos à chuva"), mas quando cheguei ao recreio os meninos estavam sentados a observar ao longe a atividade do grupo 2 proposta pela educadora Luísa, a experiência da flutuação. "O E. andava a pedir para fazer experiências", disse a Luísa...

Claro que perguntei de imediato se queriam fazer a experiência. E fizeram!







S. Martinho

 Um povo sem memórias é um povo sem identidade e sentido de pertença. As celebrações fazem parte da gramática que dá forma às mensagens capazes de criar memórias.
Hoje celebrámos o S. Martinho, sobretudo através da festa que se faz à volta de uma fogueira, do convívio, da ideia de partilha e do apreciar de um fruto de Outono que ocupou os terrenos e a mesa dos portugueses desde tempos ancestrais, a castanha.
Aprendemos que as folhas dos pinheiros ardem muito e se chamam "caruma", que na fogueira que se faz com elas se podem assar castanhas, que as castanhas são difíceis de descascar mas que todos somos capazes de fazê-lo, que as castanhas assadas sabem bem, que a casca das castanhas é castanha e que para fazer a cor castanha precisamos misturar duas outras cores diferentes... Ah! E também cantámos canções e fizemos uma representação muito divertida da lenda.
Hoje foi um dia para criar memórias deste nosso jeito português e humanista de ser, apesar do Covid.









O nascimento dos Piratas-agricultores

 

M- A minha mãe diz para não sujar!
Eu - Nós depois lavamos.
JP - Eu não gosto, tem có-có e bichos.
Eu - É terra, não é có-có e os bichos não fazem mal.
J- Este é um bicho-da-conta.
Eu - Parece um bicho-de-conta.
J- Não é de-conta é da-conta.
Eu - Ai é?!
S- Encontrei um caracol.
Eu - Parece só a casca.
S- O caracol fugiu!
J- A minha mãe diz para não sujar.
Eu - Lavamos no fim, mexe à vontade.
F - Encontrei um brinquedo.
Eu - É o nosso tesouro.
F - Somos piratas!
Eu - Piratas agricultores. É um bom nome, não acham?
Todos - Sim!
J - Somos os piratas agricultores.
F - Vamos procurar mais tesouros!
E continuámos a arrancar ervas, para preparar a terra na horta e as mãos foram-se enterrando, as gargalhadas foram surgindo e todos se esqueceram que estavam sujos.









 Há coisas tão interessantes para fazer com chuva!

Se pusermos as pinturas à chuva o que é que acontece?Todos disseram que a tinta iria desaparecer.

Observámos.

Olha, não desapareceu, transformou-se!
"A chuva fez uma pintura diferente"





Raios laser de trapilho

No dia 2 de novembro voltei ao JI de Almas de Freire para substituir uma colega. Eram muitos meninos e a assistente estava no seu 3º dia de experiência com crianças, portanto faltaram os braços para vos mostrar coisas giras em fotos.
Mas posso dizer-vos que, apesar das dificuldades acrescidas, da falta de espaço para brincar na rua e do barulho ensurdecedor que se ouve naquela escola, quando chove e 120 crianças do 1º CEB brincam no coberto junto ao jardim de infância, nos divertimos. Brincámos com o pára-quedas e voltou o jogo dos "raios laser" inventados com trapilho.