Explorar elementos naturais em Arzila
L. e M., enquanto terminam a sua obra, apontando para as pedras:
L - São os minérios.
M - Esta é a esmeralda.
L- Este é o ferro, este o diamante e este o ouro.
Eu - Vocês gostam de pedras?
M e L - Sim!
Eu - E onde surgem as pedras?
L - Debaixo da terra.
Eu - Ai é? Todas?
L - As pedras foram feitas quando o Mundo se criou, quando houve aquela explosão de estrelas.
Eu-educadora que só sei brincar
Despedida em R.F.
Eu- Então até sexta feira.
A.- Na sexta feira podes fazer um trabalho fixe connosco?
Eu - Posso! E o que pode ser um trabalho fixe?
A. - Coisas...
Eu - Pode ser na rua? Um jogo?
D. - Coisas dos livros!
Eu - Sim, posso trazer uma história.
A. - Depois fazemos a história, faz- de-conta, tu dizes.
D. - Podes ensinar-me a ler o que está no teu caderno?
Eu - Posso ensinar-te algumas coisas, sim! Mas teremos que fazer aqui fora.
D. - Mas tu não gostas de ler, só fazes coisas de brincar?!
Eu- Gosto de ler, gosto. Muito!
D. - Então o que é que tu sabes fazer mais?
Eu - Trabalho com o computador, por exemplo. Queres que o traga na próxima sexta feira?
D. - Quero! E podes também fazer aula de ginástica ali no campo.
Eu - Ok. Combinado.
....
Eu educadora-criança
Eu "educadora-criança"
Primeiro dia em Arzila, comecei por me apresentar ao grupo dizendo que estarei no espaço exterior à segunda feira a desenvolver atividades e a brincar com eles.
Depois de um silêncio, com muito espanto nas caritas...
João (5anos)- Mas tu és uma educadora-criança?
Eu (apanhada de surpresa) - Se calhar...
Têm tempo para aprender...as letras
As crianças abriram uma mesa, caixa de areia.
- Para que serve?
- Para brincar com areia.
- E onde está a areia?
- Não temos.
- Então podem colocar terra.
- Mas assim sujamos!
- Eu acho que não faz mal, faz?
....
- Acho muito bem, diz a AO, têm muito tempo para aprender.
- Mas eles estão a aprender!
- As letras, têm tempo de aprender as letras quando forem para a escola.
1º dia, à conversa com o A.
Primeiro dia, ao fim da manhã, à conversa com o A. (5 anos)
- Mas nós vamos ficar sempre na rua?
- Sim, porquê, não queres?
- Quero!
- Então pronto, ficamos.
Uns minutos mais tarde.... o A. aproxima-se.
- Apetece-me fazer um trabalho.
- Ah sim? E que trabalho queres fazer?
- Um desenho da minha mãe.
- Muito bem, podes ir lá dentro fazer, eu fico aqui, sou educadora da rua. Depois vens mostrar, se quiseres.
O Afonso fica pensativo.
- Preferes fazer aqui?
- Sim!!!!!
- Muito bem, entras lavas as mãos, vais buscar o teu material e o papel.
O Afonso fez tudo, foi num pé e veio no outro. Começou a desenhar.
- Queres escrever alguma coisa para a mãe?
- Quero, tem de ser o nome dela, mas eu não sei!
- Queres que eu escreva num papel para veres como é?
- Quero!
.....
Minutos depois, juntaram-se mais duas crianças com as suas folhas e caixas de lápis. O movimento de interesses foi interrompido pela hora de almoço.
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