Páginas

Primeira saída

Fomos ao parque da Junta de Freguesia. Pela 1ª vez saímos do Jardim de Infância. E olhem que não é nada fácil andar todos juntos na cidade! Mas correu muito bem. Como correu bem podemos repetir. Ao princípio muitos meninos estavam com medo. Se calhar foi a primeira vez na rua, sem a mão de um adulto. Mas no parque... Não há quem resista.













Regras da nossa sala

Foram construídas em grupo, mas ainda são difíceis de cumprir. Lá chegaremos.


Para começar a semana...

Descobrimos o cor de laranja, o verde...
Observámos folhas que a Ofélia trouxe de casa: grandes, pequenas, com formas diferentes, com cores diferentes. Desenhámos as folhas, pintámos, cortámos papel para fazer uma moldura, colámos...
 Dançámos...
Brincámos, descansámos...
Só dois choraram durante o dia uns bocadinhos. Daqui a dias não haverá momentos desses.
Nos próximos dias temos como "trabalho de casa" trazer folhas para o JI. Por aqui não temos!

Parece que por aqui também temos de reverter a situação!

Crianças portuguesas mais sedentárias e com menos liberdade para brincar

Um estudo sobre mobilidade infantil em 16 países concluiu que Portugal está na cauda da tabela, e isso tem consequências graves para o aproveitamento escolar e, sobretudo, para a saúde pública, alerta o coordenador do estudo português.


  
"Estamos numa situação caótica. As nossas crianças estão fechadas, amarradas, em casa, não têm liberdade de ação, não vão a pé para a escola, não brincam na rua. Estamos a viver uma situação insustentável, o que designo por sedentarismo infantil", disse à Lusa o coordenador do estudo português, Carlos Neto, professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa.
O estudo português -- Independência de Mobilidade das Crianças -- data de 2012, mas só em agosto foi publicado, integrado num estudo internacional pelo instituto britânico Policy Studies Institute, denominado Independent Mobility: An International Comparison (Mobilidade Independente: Uma Comparação Internacional).
O estudo português concluiu que há alterações necessárias de políticas públicas "mais ousadas", pensadas para as crianças para inverter a atual situação: políticas que permitam aos mais novos brincar e desfrutar do espaço exterior, que permitam uma maior harmonização entre a vida familiar, escolar e em comunidade, e políticas urbanas que incluam uma planificação "mais amiga" das crianças e as encare como parte integrante e participante da sociedade.
"[...] não temos cidades preparadas para as crianças. Não há qualquer convite à atividade física. [...] Temos as crianças muito sentadas e pouco ativas. Precisamos de uma verdadeira revolução na forma como podemos tornar as crianças mais ativas e com mais saúde, física e mental", disse à Lusa Carlos Neto.
O coordenador do estudo defende que em Portugal as crianças têm cada vez menos liberdade para serem crianças e fazerem coisas necessárias ao seu crescimento como correr, nadar, dançar, subir às árvores. Afirma que se estão a criar crianças "imaturas e sedentárias" e que as consequências se vão pagar a médio e longo prazo.
"Não é só a obesidade, são também as doenças cardio-vasculares, as relacionadas com o foro emocional e afetivo, e, acima de tudo, com uma socialização difícil para as crianças do nosso país poderem fazer. Temos que mudar a escola, o estilo de vida das famílias. [...] Estamos convencidos que isto tem consequências no sucesso escolar e no grau de felicidade das crianças, porque vão ter dificuldades de adaptação na vida adulta", disse.
O professor da Faculdade de Motricidade Humana recordou que "estudos demonstram que crianças mais ativas e com maior socialização no recreio aprendem mais dentro da sala de aula, têm mais sucesso escolar".
Um dos aspetos estudados neste trabalho, o trajeto casa-escola, mostra que apenas 35% das crianças com 8 ou 9 anos vão a pé para a escola e que nesta faixa etária nenhuma vai de bicicleta. As que são levadas de carro são a grande maioria (56%).
"Aqui vai tudo de carro para a escola. As crianças visualizam o espaço físico pelo vidro do automóvel. Estamos a criar uma situação desesperada. Valia a pena por isto em discussão em campanha eleitoral", defendeu Carlos Neto.
Só por volta dos 12 anos a grande maioria das crianças portugueses inquiridas neste estudo (80%) teve permissão para ir sozinha para a escola, ou atravessar sozinha estradas municipais. Só aos 15 anos a maior tem autorização para andar sozinha de transportes públicas ou para circular de bicicleta sem supervisão em estradas principais.
O estudo demonstra também que as diferenças entre litoral e interior são cada vez mais esbatidas e que ao nível do sedentarismo os comportamentos são os mesmos.
Os 16 países que integraram este estudo foram, e por ordem de classificação em termos de mobilidade independente das suas crianças, a Finlândia, a Alemanha, a Noruega, a Suécia, o Japão, a Dinamarca, a Inglaterra, França, Israel, Sri Lanka, Brasil, Irlanda, Austrália, Portugal e Itália (empatados em 14.º lugar) e África do Sul.
"O estudo português realizou-se em seis áreas diferentes de Portugal que se consideram ser representativas de cinco tipologias territoriais distintas: centro da cidade (centro de Lisboa); urbano (Matosinhos e Linda-a-Velha); suburbano (Brandoa), pequena cidade (Silves) e rural (Redondo). Nesta investigação participaram 16 escolas e 1099 crianças e respetivos encarregados de educação. [...] questionários foram aplicados a crianças e jovens do 3.º ao 10.º ano de escolaridade, com idades entre os 8 e os 15 anos", explica a ficha técnica do estudo.
Diário Digital com Lusa

Dia grande, para gente "grande"

Exploração da única árvore, com algum porte, existente no nosso espaço exterior. É uma oliveira. Como as azeitonas estão estragadas, apanhámos algumas para fazer comida para as bonecas.


 Relaxamento após o almoço com música clássica. Uma rotina diária de que o grupo já se apropriou.

A visita dos meninos do 1º ano e da sua professora. A professora Maria José contou-nos uma história muito engraçada de Luísa Ducla Soares, "O senhor forte". A propósito, um grupo de meninos levantou a Ofélia no ar. São tão fortes, todos juntos!



Como prometido explorámos pela primeira vez, este ano, o quadro interativo. Começámos pela projeção de um filme do Ruca (escolha dos meninos) e depois fizemos um desenho a muitas mãos.

 

Alguns  ainda fizeram carimbagem de letras e todos brincaram muito! Outros choramingaram um bocadinho de vez em quando. Pouco.
Para a semana há mais.

Acalmam-se os ânimos, começam as explorações

À medida que percebemos como isto funciona vão-se acalmando os ânimos...
Hoje identificámos cabides, estivemos a discutir as regras da nossa sala, fizemos as pinturas para o painel do que podemos fazer (verde) e para o painel do que não podemos fazer (vermelho)... Amanhã ficam prontos.


Como sobraram tintas a Ofélia propôs uma experiência. Se misturarmos o vermelho e o verde o que acontece?
- Eu acho que fica castanho! - Bárbara.
- Será?


Para muitos de nós o dia é muito comprido. Depois de almoço temos ouvido Mozart com a cabeça na almofada, para relaxar e descansar. Resultado, no fim uns voltam à brincadeira, outros voam para a terra dos sonhos.

Está a chegar o tempo de voltar!

Muitas coisas novas: pessoas, espaços, algumas rotinas... Mas há coisas que não mudam. Os que vão voltar reencontrarão amigos, brincadeiras, afetos, experiências significativas. Os que chegam de novo descobrirão todo um mundo novo, algo diferente da sua casa, mas de que aprenderão a gostar.


É já na sexta feira para os meninos que chegam pela 1ª vez!

Início da caminhada

É por aqui que vou estar, no Jardim de Infância de Almas de Freire, em Coimbra, com 25 meninos.
Nesta janela vou contar as novidades de 25 seres brincantes e de mais alguns que se esforçarão para os ajudar a brincar, aprender, crescer, viver...

Bom ano!

Ofélia